segunda-feira, 14 de maio de 2012


grupo galpão

30 anos

teatro e vida

De verdade, não foi o primeiro grupo de teatro que vi em cena, inclusive posso me lembrar mesmo da primeira vez que me encantei com a arte do teatro. Foi um trabalho chamado Amores Profanos, do também mineiro, Luiz Paixão. Uma viagem fantastica ao realismo surreal, uma mistura de coisas que só a arte pode trazer a tona. Entretanto, quando conheci o trabalho do Galpão, foi amor a primeira audição. Sim, estava tão lotado que não vi nada mas ouvi tudo, ali parado onde estava, onde dava e, me lembro bem, aplaudi ao final.
logo vieram, A rua da amargura, Partido, Um trem chamado desejo, a fantástica viagem de Um homem é um homem, Pequenos milagres e por aí vai. Tudo fantastico, lindo, emocionante. É a vida acontecendo sob o nosso olhar. Estranheza total: um mundo, tantos mundos...e simplesmente a vida que corre.
Meu sangue se aquece, meus poros dilatam, minha alma ainda treme quando vou ver ao Grupo Galpão, sempre levando alguém a tiracolo, alguém que seja publico menos provavel, para mostrar e confirmar que a vida existe. Talvez os menos preocupados com arte, com esta cultura viva, com a relação do aprender, ensinar, trocar, transformar e reviver a vida mas que saem de lá - seja onde for, tocados por uma arte calculista, porque só pode ser calculista, sem risco, só rito garantido, de passagem para um outro novo universo jamais sentido mas vivido na intensidade que poucos, quase niguém pode proporcionar.

Parabéns galpão, deste humilde e ninguém amador de vossa arte.
Parabéns galpão, não cesse de existir e segue espalhando sonhos por aí.