Outro dia por infelicidades acompanhei uma reportagem que mostrava a situação de uma escola sendo questionada sobre seu comportamento a respeito das brigas de alunos na saída, pequenos furtos nas salas de aula e outras questões que estão bem mais voltadas para educação de casa que da escola.
É verdade. Talvez não apenas aqui mas em todo lugar desta nossa "Terra Brasil". É que as leis são muito mal interpretadas e às vezes são mesmo criadas para este fim. Sendo assim relegam toda a responsabilidade para professores, supervisão e demais funcionarios.
O dia em que os pais entregarem seus filhos aos seis anos no shopping, na festinha de aniversario do amiguinho, no hospital, na igreja ou seja onde for e sair tranquilamente para o trabalho teremos dividido efetivamente nossas responsabilidades com outros setores sociais. A escola é o único ambiente no qual os pais acreditam que seus filhos estão seguros. E fingem acreditar tão severamente nisto que quando estes tem um arranhão ou tem parte de sua merenda subtraida por algum coleguinha eles se acham no direito de nos imprimir as piores das qualidades ou nenhuma qualidade.
No seio das familias temos visto cenas horripilantes. Nos outros ambientes, idem. Mas nós, a escola não somos um lugar comum, somos uma faixa de Gaza, território neutro do qual temos que ser guardas, mestres, seguranças... praticar o exercício ilegal da medicina, da psicologia e tantos outros. A realidade só se transfomará quando a duras penas os responsáveis(pais), forem obrigados a participar ativamente da educação escolar de seu filho e não a escola participar da educação global de nossas crianças e adolescentes. Lutemos.
E que em breve muitas histórias de sucesso sejam compartilhadas entre educadores, professores, mestres que somos e não todas estas outras atribuições que até são desenvolvidas com carinho e respeito mas que não percamos nossa dignidade.
Obrigado pelo apoio sempre e pela força e coragem que são um grande icentivo ao nosso trabalho
