Amar nada mais é do que se entregar. Coisa estranha esta. Amar então é viver a vida do outro mas ser parte desta história. Conviver, conversar com os olhos, com os gestos, com a alma.
É não pensar. É fazer, é ter a certeza de ter, ser e estar mas sempre na eterna insegurança de deixar de ter, ser e estar.
É o agir com o corpo e com a alma.
Estranho, se o amor é isto tudo porque traz em si esta imensa dor do medo de perder? Do medo da ausência? Seria amar então, a ausencia daquilo que se tem? Talvez nos interticios das ações seja isto: um sentimento carregado de medos, insensatez, coragem.
Amor, então pode ser traduzido por uma única palavra: viver. Pois viver, se não me engano é tudo isto.
Emílio F. Campos
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