Gol de quem? No país do futebol esta deve ser a pergunta mais ouvida no cotidiano. O futebol perpassa a vida do brasileiro querendo ele ou não, permitindo ele ou não, gostando ele ou não. Não estou aqui para falar mau do futebol ou de futebol. Sou até de frequentar estádio, de ver e sentir meu time ganhar e perder. E olha que ele perde muito. Estou aqui para falar de um certo tipo de amor. Sim, pois das coisas que se ama se cuida com carinho, nas coisas que se ama se investe tempo, dinheiro, conhecimento, estudos, sabedoria.
Atualmente as críticas tem se voltado aos problemas dos altos custos das reformas dos estádios para a copa do mundo. Dos valores absurdos investidos para a manutenção e reforma das cidades para receber tal evento que é "do mundo", não só nosso. Só se investe tão alto pela certeza de que haverá retorno financeiro. Não para todos, é claro, mas para um seleto grupo de investidores. Mas estão investindo porque não só o brasileiro mas o mundo quase todo ama o futebol portanto o futebol dá dinheiro. Eu não sei como os professores reorganizaram, se é que reorganizaram as suas aulas após o anúncio da copa do Brasil de 2014.
Tenho certeza plena que em vez de discutir futebol de posse de um jornal tosco em uma mesa de bar ou na sala de aula que seja ou criticar valores investidos no evento em questão, o educador porta agora material suficiente para trabalhar história, matemática, ensino religioso, lingua portuguesa, geografia, filosofia e todas as disciplinas existentes e inventadas que quizer. Não sei não mas discutir o óbvio e o que não tem jeito é uma forma ignorante que nunca levou nosso país a lugar nenhum. o problema não está no futebol ou na copa do mundo, o problema está nas maneiras de ver este momento histórico como oportunidade especial de trabalhar a educação de nossos jovens, crianças, adolescentes, adultos de maneira batante crítica e plena em conhecimento. O que será feito com o inglês do garçom quando a copa passar? Mas se ele não fizer inglês, deixará de aprender algo mais e não terá perdido nada em investir na sua auto estima, em seu conhecimento. O que será feito com o curso de hotelaria da atendente, balconista de um hotel qualquer? O mesmo. O problema não está no embelezamento e estrutura das cidades, nos investimentos públicos nisto, no trabalho que as pessoas terão ou não após a copa do mundo. O problema está em não sabermos como lidar com o belo, com o transformado, com o conhecimento. Acreditamos que é função do governo dar somente o pão e o circo que estamos acostumados a ganhar. E diga-se de passagem, circo dos horrores plenos.
No lugar de criticar, talvez devamos falar um pouquinho das belezas do futebol. Levar o futebol para dentro das escolas. Treinar o corpo do aluno, falar de aquecimento, alongamento e não somente rolar a bola. Rolar a bola é discutir de maneira raza as nossas realidades mais crueis. Treinar o corpo, aquecer e alongar é preparar o outro para a vida, para conhecer. A copa vai acontecer, queira você ou não. É necessário então aprender a tirar proveito disto. O problema é que se nem o professor sabe, como ele vai passar isto para o estudante? Questionar o curso de inglês, de hotelaria, engenharia ou qualquer outro passou a ser lugar comum. Estas pessoas estão estacionadas e devem ser encorajadas sim a se preparar. Se elas acreditam que é pela copa, vão acabar descobrindo que é pela vida. Brigar devido às reformas das cidades e estádios, extensão de linhas de metrô e outros agora é questão de honras dos conhecedores de plantão. Ninguém jamais conseguiu um pacote de obras tão grande como o que se vê em andamento. Basta de estádios dasabando, de avenidas destruidas, cidades aos frangalhos, chega de feiúra e de se contentar com feiúra. Está certo da maneira que se está fazendo? Certamente que não. Mas agora sabemos que é possível. Se é possível, o correto é treinar os nossos para exigir que aconteça mais em qualidade e quantidade.
Atualmente as críticas tem se voltado aos problemas dos altos custos das reformas dos estádios para a copa do mundo. Dos valores absurdos investidos para a manutenção e reforma das cidades para receber tal evento que é "do mundo", não só nosso. Só se investe tão alto pela certeza de que haverá retorno financeiro. Não para todos, é claro, mas para um seleto grupo de investidores. Mas estão investindo porque não só o brasileiro mas o mundo quase todo ama o futebol portanto o futebol dá dinheiro. Eu não sei como os professores reorganizaram, se é que reorganizaram as suas aulas após o anúncio da copa do Brasil de 2014.
Tenho certeza plena que em vez de discutir futebol de posse de um jornal tosco em uma mesa de bar ou na sala de aula que seja ou criticar valores investidos no evento em questão, o educador porta agora material suficiente para trabalhar história, matemática, ensino religioso, lingua portuguesa, geografia, filosofia e todas as disciplinas existentes e inventadas que quizer. Não sei não mas discutir o óbvio e o que não tem jeito é uma forma ignorante que nunca levou nosso país a lugar nenhum. o problema não está no futebol ou na copa do mundo, o problema está nas maneiras de ver este momento histórico como oportunidade especial de trabalhar a educação de nossos jovens, crianças, adolescentes, adultos de maneira batante crítica e plena em conhecimento. O que será feito com o inglês do garçom quando a copa passar? Mas se ele não fizer inglês, deixará de aprender algo mais e não terá perdido nada em investir na sua auto estima, em seu conhecimento. O que será feito com o curso de hotelaria da atendente, balconista de um hotel qualquer? O mesmo. O problema não está no embelezamento e estrutura das cidades, nos investimentos públicos nisto, no trabalho que as pessoas terão ou não após a copa do mundo. O problema está em não sabermos como lidar com o belo, com o transformado, com o conhecimento. Acreditamos que é função do governo dar somente o pão e o circo que estamos acostumados a ganhar. E diga-se de passagem, circo dos horrores plenos.
No lugar de criticar, talvez devamos falar um pouquinho das belezas do futebol. Levar o futebol para dentro das escolas. Treinar o corpo do aluno, falar de aquecimento, alongamento e não somente rolar a bola. Rolar a bola é discutir de maneira raza as nossas realidades mais crueis. Treinar o corpo, aquecer e alongar é preparar o outro para a vida, para conhecer. A copa vai acontecer, queira você ou não. É necessário então aprender a tirar proveito disto. O problema é que se nem o professor sabe, como ele vai passar isto para o estudante? Questionar o curso de inglês, de hotelaria, engenharia ou qualquer outro passou a ser lugar comum. Estas pessoas estão estacionadas e devem ser encorajadas sim a se preparar. Se elas acreditam que é pela copa, vão acabar descobrindo que é pela vida. Brigar devido às reformas das cidades e estádios, extensão de linhas de metrô e outros agora é questão de honras dos conhecedores de plantão. Ninguém jamais conseguiu um pacote de obras tão grande como o que se vê em andamento. Basta de estádios dasabando, de avenidas destruidas, cidades aos frangalhos, chega de feiúra e de se contentar com feiúra. Está certo da maneira que se está fazendo? Certamente que não. Mas agora sabemos que é possível. Se é possível, o correto é treinar os nossos para exigir que aconteça mais em qualidade e quantidade.
Sei não, mas acho que o problema não está nem nos esstudantes, nem, no governo, nem no dinheiro investido. O problema está mesmo é em acreditar que nada vale a pena. Nem estudar, nem ensinar, nem aprender. Também em acreditar que não vale a pena ter espaços mais bonitos, reformados ou preservados a que estas reformas dão como resultado. Acredito também nos argumentos de que os preços não são justos, que não se deve cuidar do país exclusivamente para um evento, que muita gente sai ganhando muito mais que devia, que há e haverá corrupção.
A verdade é que tudo vai acontecer. Como? Nem tudo está em nossas mãos entretanto a longo prazo, os resultados poderão ser bastante regulares e positivos se o investimento dos revoltados se fizer de maneira inteligente, real, educativa e sobretudo despertar o conhecimento dos brasileiros.
A verdade é que tudo vai acontecer. Como? Nem tudo está em nossas mãos entretanto a longo prazo, os resultados poderão ser bastante regulares e positivos se o investimento dos revoltados se fizer de maneira inteligente, real, educativa e sobretudo despertar o conhecimento dos brasileiros.